O jejum intermitente deixou de ser uma prática de nicho para se tornar uma das estratégias de saúde mais comentadas nos últimos anos. Mas, como acontece com quase toda tendência, há benefícios reais, riscos e muitos mitos pelo caminho.
O que é? Trata-se de uma rotina alimentar em que você alterna períodos de jejum (sem ingestão de calorias) e de alimentação. Os formatos mais comuns incluem:
- 16/8: 16 horas de jejum e 8 horas de janela de alimentação.
- 5:2: cinco dias de alimentação normal e dois dias com ingestão calórica reduzida.
- Jejum prolongado: mais de 24 horas, feito apenas em contextos clínicos.
Benefícios potenciais
- Auxílio no emagrecimento ao reduzir calorias de forma natural.
- Melhora na sensibilidade à insulina e controle da glicose.
- Processo de autofagia, onde células se renovam durante o jejum.
- Possível melhora na clareza mental e energia ao longo do dia.
Riscos e cuidados
- Não é indicado para gestantes, lactantes, diabéticos ou pessoas com histórico de transtornos alimentares sem supervisão médica.
- Pode causar tontura, fraqueza e queda de desempenho físico em algumas pessoas.
- Se mal conduzido, pode levar à compulsão alimentar na janela de refeição.
Mitos mais comuns
- “Jejum queima músculo”: na prática, com ingestão adequada de proteína, isso não acontece em protocolos bem feitos.
- “É a única forma de emagrecer”: existem muitas estratégias eficazes; o jejum é só uma delas.
- “Todos podem fazer sem risco”: cada organismo reage de forma diferente, e acompanhamento profissional é essencial.
O papel da individualidade
O jejum intermitente pode funcionar bem para alguns perfis, mas não é receita universal. Para uns, traz praticidade e resultados; para outros, pode gerar desconforto e desequilíbrio.
Conclusão: o jejum intermitente não é milagre nem vilão. É uma ferramenta que, usada com orientação e consciência, pode contribuir para saúde e bem-estar. O mais importante é entender seu corpo, suas necessidades e buscar apoio profissional antes de adotar mudanças drásticas na alimentação.